"A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível."

18/03/2013

Capela do Coração


“JESUS NÃO AMEAÇA NEM CONDENA, MAS APONTA PARA O REINO DE DEUS”

“O REINO DE DEUS É GRAÇA, MISERICÓRDIA E PERDÃO”.

Dedo de Deus (Teresópolis e Magé - RJ)
Mulher de Pedra (Teresópolis - RJ)



COMO MARIA FOI PROCLAMADA A “MÃE DE DEUS”?

Aqui também a data definitiva é 381, quando o imperador romano Teodósio invoca Maria sob o nome de ‘mãe de Deus’, um nome tradicionalmente reservado à deusa Cibele. É verdade que a devoção a Isis ainda resiste por diversos séculos, mas quando o imperador Justiniano, em 560, manda fechar o último templo dedicado a Isis, um ciclo histórico chega ao fim. 6. Os bispos demoram a perceber a força da religião popular O que impressiona é que os bispos demoram em perceber a importância de toda essa movimentação no âmbito da religiosidade popular. Eles pensam em outras coisas. Mas, quando eles se reúnem em Niceia (325), na residência de verão do imperador Constantino, para sua primeira grande assembleia geral, eles percebem que não há mais como fugir da realidade: quem toma conta de Cristo e de Maria é o povo. É a pressão da religiosidade popular que empurra os bispos a reconhecer a relação entre devoção e problemas que afetam as pessoas pobres (doença, marginalização, penúria, morte). Os sinais são por demais visíveis: Hércules cede diante de São Miguel nas artes da guerra e Apolo diante de São Sebastião na luta contra a peste. Então, é antes por considerações pragmáticas que os bispos aceitam o protagonismo da religiosidade popular na configuração histórica da instituição cristã. Como estão convencidos de que precisam manter as rédeas do movimento em mãos, eles se preocupam em apresentar aos fiéis imagens de Jesus e Maria que não entrem em choque com a fé do povo. Entre os séculos IV e VI, por exemplo, eles se reúnem reiteradas vezes para chegar a um acordo sobre como apresentar melhor a figura de Cristo ao povo. Sua principal dificuldade parece ter sido a aceitação da denominação ‘mãe de Deus’, que o povo teima em atribuir a Maria. A expressão lhes soa mal, já que na época designa a deusa pagã Cibele. Temos de esperar até a assembleia episcopal de Éfeso, em pleno século V (431), para encontrar um documento que aceite a formulação ‘Maria mãe de Deus’. Os bispos hesitam, pois não encontra no novo testamento nenhum indício do lugar tão proeminente de Maria na história de Jesus. Mas os devotos de Maria não deixam por menos e exercem uma pressão considerável sobre a assembleia de Éfeso, como comprovam documentos da época. Finalmente, por considerações antes políticas que propriamente evangélicas, os bispos acabam chegando a um acordo acerca da devoção a Maria. Já está na hora. Se não aceitam as expressões da fé popular, os bispos arriscam perder o chão em baixo dos pés e isolar-se de seus próprios fiéis. Isso significa que a sobrevivência da instituição eclesiástica depende da aceitação popular.


CONCRETAMENTE, QUAL A RAZÃO PORQUE AS PESSOAS, A PARTIR DO SÉCULO II, COMEÇARAM A PREFERIR CRISTO A ASCLÉPIO E MARIA A ISIS?

A resposta que se impõe é a seguinte: o movimento cristão consegue articular, dentro da sociedade romana, uma rede associativa de socorro a prementes necessidades humanas e nisso se mostra mais eficiente que as tradicionais iniciativas tomadas em nome de Asclépio ou Isis. Cristo e Maria são mais ‘eficientes’ que Asclépio e Isis. Essa maior eficiência provém do fato que o movimento cristão cava mais fundo nos pressupostos da desigualdade social existente no império romano. Em seu texto ‘A antiguidade tardia’ (que faz parte do livro ‘História da vida privada’, editado pela Companhia das Letras de São Paulo em 1990), o historiador irlandês Peter Brown descreve em pormenores de que modo a sociedade romana é fundamentada no postulado de um inexorável e intransponível distanciamento social entre os ‘bem-nascidos’ e seus inferiores (na maioria escravos). É aqui que se percebe a radical novidade do cristianismo, que parte do pressuposto contrário: somos todos iguais diante de Deus. Mais ainda: Deus prefere os pobres, como fica claro nos textos do novo testamento. Essas ideias têm enorme influência pelo fato de que as primeiras gerações cristãs vivem em contato direto com categorias sociais marginalizadas, onde violência, injustiça e mesmo suicídio (por desespero) são tristes ocorrências da vida diária. Tendo uma comunidade cristã por perto, os pobres sabem por onde se dirigir em suas necessidades de saúde, maternidade, educação dos órfãos, amparo às viúvas, cuidados com os mais velhos, atendimento aos presos, sepultamento digno. A montagem de uma estrutura para socorrer pessoas humildes em suas prementes necessidades, submergida nos subterrâneos da história, constitui, pois, a real novidade do cristianismo emergente, da qual as manifestações de religiosidade popular são a expressão visível. As vitórias simbólicas de Cristo e de Maria são na realidade vitórias do povo analfabeto na sua luta por dignidade e bem-estar. O mais impressionante é que esse movimento consegue introduzir a figura de Maria, que não encontra muito realce nos textos do novo testamento, na intimidade do próprio Deus. Ela sobe ao céu, é acolhida pela santíssima trindade e fica sentada no trono, como rainha do céu e da terra. 8. No mundo dos símbolos, nenhuma vitória é definitiva O tipo de análise que fazemos aqui evita um erro comum na interpretação do cristianismo das origens. Quem afirma que os primeiros cristãos, os anônimos, lutavam contra o paganismo, está equivocado. Pode ser que os bispos estivessem engajados numa luta desse tipo, mas os cristãos anônimos não. Eles não lutavam especificamente contra o paganismo, mas sim contra os males que afligiam a vida humana. Era uma luta positiva a favor da vida, da saúde, da dignidade. É perfeitamente compreensível que os atendentes nos templos de Asclépio estivessem tão empenhados em lutar pela saúde de seus pacientes que seus colegas cristãos. Assim, no fundo, não há incompatibilidade entre Cristo e Asclépio. Só que Cristo, pelo menos a partir do século II, se mostra mais eficiente. Mas isso não significa que possamos rasgar os longos séculos do paganismo das páginas da história. Os longos séculos, em que pessoas cuidavam de doentes por devoção ao deus Asclépio, foram sucedidos por outros séculos (cristãos) em que pessoas, igualmente empenhadas na luta contra a doença, invocavam a Cristo. Os séculos em que mulheres parteiras se empenharam na luta contra a mortalidade materna em nome de Isis, foram seguidos por séculos em que se fez esse mesmo empenho em nome de Maria, nas maternidades cristãs. Acontece que, no universo dos símbolos, nada é definitivo. (Texto de Pe Eduardo).


Nosso Grupo de Oração NªSª do Amor Divino
Missa em ação de Graças pelos 12 anos do grupo em 2012.


Um dia ele voltará...
Não importa a Nação, Jesus é para todos!



Montanha do DEDO DE DEUS, na Serra dos Orgãos, em Teresópolis minha terra abençoada!




Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo que dissestes às escuras será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado dos eirados." Lucas 12:2,3
 

Educar

http://www.cantinhodaedna.com/ Blog com boas idéias para educadores!




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